sábado, 10 de março de 2012

Eu, habitante

Acordo triste e desapontado me deito
sai da minha cabeça por favor
sai!
deixa-me ficar em paz
num silêncio perfeito!

Agora sim desisti,
já não há quase mais nada que possa fazer
e o que existe não o farei,
porque de certo me iria arrepender

Porquê a mim?
Porque é que pelo amor, eu me deixo apoderar?
Eu quero ser racional,
Pensar e apenas pensar!
Sentir? Sentir é reles!
Quero deixar o meu cérebro comandar!
E não esta medíocre máquina bombeadora de sangue
Que quer, pode e continua a me controlar

Quero pensar no que é melhor para mim,
não aspirar o impossível,
talvez baixar o padrão,
desejo querer o médio e mais fácil
e não o melhor e mais difícil,

As lágrimas escorrem,
Gota  a gota elas caem,
disfarçadas de falsos sorrisos que são lançados à toa,
como uma camuflada revolta interna,
uma batalha diária entre a máquina pensadora e a bombeadora,
que apenas no dia-à-dia é ganha pela primeira,
Sim!
Felizmente essa máquina pensadora!

Desta maneira, tento não me lembrar de TI,
Que na tal árvore permaneces,
sem sequer te aperceberes
que me fazes sofrer assim

Mas culpa não tens,
Nem culpa terás!
Sofro assim, unicamente porque assim quero sofrer,
Mas neste momento só desejo mesmo
ter a capacidade, a tal adorada
por mim agora idolotrada,
capacidade de esquecer

Se ao menos pudesses saber,
Aquilo que verdadeiramente se passa em mim
Tudo seria mais fácil!
Ririamos, chorariamos
e até com sorte nos apaixonariamos
Mas para quê?
Com que fundamento?
Com que razão?
Me atrevo eu a sonhar com tal situação?
Tu pertences a quem pertences,
infelizmente agora,
entendi a realidade
E sinto-me sozinho,
tão sozinho
como o último habitante solitário de uma cidade...

2 comentários:

  1. Tenho Saudades tuas meu amigo ._. e estou a ver que muita coisa mudou desde os old times das tuas barbaridades Duarte

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  2. Muita coisa mudou mesmo! Mas eu continuo assim meio deficiente :D

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